Gisela Eichbaum: Pinturas e desenhos

Vida e família

Pais de Gisela Eichbaum

Retrato de Gisela Eichbaum por Madalena Schwartz (Década de 1980). Acervo Instituto Moreira Salles, São Paulo.


Família Bruch na praia

A família Bruch – Gisela é a segunda da esquerda para a direita – numa praia de veraneio, acompanhadas de uma babá não identificada (c. 1925).

Hans e Lene Bruch, pais da artista (Mannheim, Alemanha, década de 1920). O alemão Hans casou-se com a judia alemã Lene (Hélène), em março de 1917. Ambos eram exímios pianistas, formados pelo prestigioso Conservatório Superior de Música de Colônia. Especializaram-se em concertos a dois pianos, que apresentavam por toda a Alemanha e Europa, recebendo numerosas críticas elogiosas na imprensa. A partir da ascensão ao poder do Nacional Socialismo, foram implantadas leis que perseguiam os judeus. Uma dessas leis visava os chamados casamentos mistos” que era o caso da união dos pais de Gisela. Diante do clima cada vez mais ameaçador na Alemanha, Lene viaja em 1934 ao Brasil, a convite do maestro Ernest Mehlich, com o intuito de explorar novas possibilidades de trabalho para o casal. Depois de várias iniciativas traumatizantes para a família, em setembro de 1935 Gisela chega ao Brasil acompanhando o pai. A outra filha do casal, Maria Luisa (Didi), chegaria no ano seguinte.

Gisela e sua irmã

As irmãs Gisela e Didi (Manheim, c. 1933)

1 Renovação de passaporte emitido pela Embaixada Alemã no Brasil, no Rio de Janeiro, então capital federal, em 1941. O nome completo de Gisela aparece no documento como Olga Fanny Gisela Bruch.


2 Já em São Paulo, Hans e Lene atuam intensamente na área cultural, apresentando-se em recitais e ensinando, como conhecidos professores de piano que já eram, em sua casa na Rua Maranhão, nº 105.


3 Documento original da Câmara de Música do Reich alemão, que nega a Lene Bruch, mãe de Gisela, o pedido de associação à Câmara feito por ela em agosto de 1935. Com base na legislação anti-semita da Câmara de Cultura do Reich, Lene perde o direito de exercer sua profissão (concertista e professora) nas instituições regidas pela Câmara de Música do Reich. É concedido a ela, porém, o direito de objeção, que deverá ser encaminhado ao Presidente da Câmara de Cultura, em Berlim.

Documentos Bruch no Brasil
Francisco Eichbaum

Francisco Eichbaum foi renomado médico e pesquisador, com grande e humanitária atuação em São Paulo. O marido de Gisela era alemão de Mainz, onde nasceu em 1906. Sob a pressão das leis anti-semitas do estado Nacional-Socialista alemão, emigrou para a Tchecoslováquia em 1933, de onde escapou em 1939 para a Inglaterra. De lá emigrou em 1940 para o Brasil. Francisco e Gisela se casaram em 1948 e Francisco se tornaria um dos mais entusiásticos apoiadores da carreira artística de Gisela. O casal tinha o hábito de promover saraus em sua casa, quando Francisco se apresentava como excelente violoncelista e Gisela como pianista. A estes concorridos eventos costumavam comparecer importantes artistas de renome internacional.

Filhos de Francisco e Gisela Eichbaum

Jan e Katia Eichbaum, filhos de Francisco e Gisela Eichbaum, em 1968.

Início

Primeiro caderno de Gisela Bruch

Primeiro caderno de aquarelas, c. 1942.


4 Farta da vida (integra o primeiro caderno de aquarelas, de c. 1942, com título nomeado à mão pela artista).

5 Pôr do sol em Toryba, hotel de Campos do Jordão (integra o primeiro caderno de aquarelas, com título nomeado à mão pela artista e mantida a grafia original).

6 Feira em Capivary, bairro de Campos do Jordão (integra o primeiro caderno de aquarelas, com título nomeado à mão pela artista e mantidaa grafia original).

4 5 6

Exposições

7 Convite para a exposição individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAMSP), na época funcionando na Rua Sete de Abril, no centro da cidade, 1956.


8 Convite para a exposição individual simultânea, em conjunto com Heinz Kühn e Leopoldo Raimo, na Galeria de Arte da Folha, São Paulo, em 1961.


Exposição individual simultânea, com Clara Heteny e Savério Castellano, na Galeria de Arte das Folhas

Exposição individual simultânea, com Clara Heteny e Savério Castellano, na Galeria de Arte das Folhas, São Paulo, por ocasião no Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, em 1958.


Exposição individual Trajetória Figurativa

Exposição individual Trajetória Figurativa, Estúdio Jacarandá, São Paulo, em 2005.


Exposição individual Gisela Eichbaum

Exposição individual na Galeria Astréia, São Paulo, 1969.


Gisela Eichbaum com colegas

Da esquerda para a direita, casal não identificado, Clara Heteny, Savério Castellano e Gisela Eichbaum.

7 Convite para exposição no MAMSP
8 Convite Convite para a exposição individual simultânea, em conjunto com Heinz Kühn e Leopoldo Raimo
Convite Convite para a exposição individual simultânea, em conjunto com Heinz Kühn e Leopoldo Raimo

Exposição individual na Galeria São Luiz, São Paulo, 1966.

Gisela Eichbaum: Retrospectiva 40 anos de pintura e desenho

Retrospectiva 40 anos de pintura e desenho, Museu da Arte de São Paulo (MASP) e Brazilian American Cultural Institute (BACI), Washington, EUA, em 1983.

Exposição individual Gisela Eichbaum

O livro Canções sem palavras, organizado pela própria artista e lançado no Museu de Arte de São Paulo (MASP), em 1986.

Exposição coletiva O Desenho no Escritório de Arte Augusta

Exposição coletiva O Desenho no Escritório de Arte Augusta 664, São Paulo, em 2003.

Exposição individual Sombras e Luzes na Casa das Artes Galeria

Exposição individual Sombras e Luzes na Casa das Artes Galeria, São Paulo, única em que a artista mostrou obras em óleo sobre tela, em 1995.

Sala Especial na Quadrienal de Aquarelas

Sala Especial na Quadrienal de Aquarelas, no Banco Central do Brasil, São Paulo, em 2004.